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Tum, tum, tum...

E de repente meu coração bate mais rápido.
E nesse instante parece que escapará de mim.
Meu peito, protetor, aperta forte para segurá-lo!
Mal sabe ele que esse aperto me tira o ar
Que me sufoca e me angustia...
Tenho pressa! Uma urgência descabida
Que reflete em meu coração...
Mas pra que pressa?
Com esses meus dias tão iguais, fazendo sempre as mesmas coisas, nunca vou a lugar algum...
Então por que essa impaciência?
Essa vontade de que tudo se resolva rápido, se tudo continuará como está?
Talvez seja por isso mesmo, esse marasmo, a mesma batida sempre... tum tum, tum tum, tum tum....
Entretanto, não é meu coração quem dita o ritmo de meus dias,
Meu cérebro, talvez cansado de resolver os problemas que ele, o coração, já criou, cortou seus direitos, não ouve mais seus dizeres.
Toma conta agora, resoluto, de tudo que acontece...
Por um tempo foi bom, tranqüilo, sem sobressaltos...
Mas agora, agora não parece funcionar mais tão bem...
Meu coração é um menino levado, que tem asas e tenho medo que um dia ele escape...
E se escapar? Bater as asas e sair? Como fico?
Será que morrerei... ou viverei em outro ritmo...?

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