Ao longe vejo uma luz que me cega.
Aos poucos, acostumados com o brilho, meus olhos definem formas. E então deparo-me com a mais aterradora consciência: Barras que me mantem cativa, presa, acuada...
Tento alcançar algo que possa me ajudar a sair dali e então desisto, pois um arrepio gélido percorre meu corpo...Não há nada! Nada além das grades que construí tentando me proteger.
O que me protege me mantem presa.
Mas a loucura não precisa de portas, janelas ou espaços para entrar. Ela se projeta das sombras do inconstante desejo de proteção... pois sabe que é ali, onde há grades invisíveis, que mora a fragilidade do meu eu.