Passando o tempo

Já fui menina, já fui mocinha
Já brinquei de boneca e de casinha
Já andei de bicicleta, subi em árvores, corri
Brinquei de pega-pega, queimada, já caí
Por incontáveis vezes, chorei
Quantas sorri? Nem sei ...
perdi as contas
Só sei dizer que foram tantas
E tantas outras desisti.
Tornei-me mulher, cresci!
Deixei de lado alguns sonhos, sofri
E obtive conquistas que nem imaginava!
Perdi pessoas tão queridas... e não esperava
Que a dor fosse tão intensa!
Senti saudades do cheiro, da voz, da presença
Outras pessoas entraram em minha vida
Cada uma com uma história já vivida.
Algumas somaram, outra nem tanto
Por umas me apaixonei, por outras perdi o encanto
E assim, passando o tempo
Vezes ando rápido, vezes ando lento
Por vezes, simplesmente paro
Por vezes enfrento o medo, mas é raro
E com o tempo passando assim,
a vida também passa por mim,
E às vezes me entristeço
pois geralmente esqueço
que a vida deve ser vivida
que a vida deve ser sentida
que se deve amar intensamente
imensuravelmente
Penso, então, que ao chegar ao fim
eu tenha dito mais não, do que sim
E o tempo apenas passando
e eu apenas tentando...
E no epílogo de mim, perceber
Apenas vivi, sem Ser...